DEUS JULGA NOSSAS DECISÕES
04/10/2012 14:21Lucas 21:6
Então, disse Jesus: Vedes estas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra que não seja derribada.
Este capítulo contém uma divisão, até o versículo quatro Jesus continua a sessão anterior combatendo o farisaísmo, mais especificamente os escribas, doutores da Lei. Os ricos lançavam suas ofertas ao gazofilácio. Uma viúva pobre lançou duas moedas apenas. Ao ver esta “parábola da vida real” Jesus observou que a viúva pobre deu mais do que todos, pois dera tudo que tinha, ao que os ricos ofertaram o que sobrava. Percebe-se que os ricos ofertaram, coisa que é muito difícil hoje em dia. Houve algum mérito sim nas suas ofertas. Porém aquela viúva deu mais do que eles porque qualificou sua oferta como
aquilo que o Senhor representava para ela, ou seja, tudo.
O Senhor representa tudo em nossas vidas. Por isso enquanto não damos “totalmente tudo” estamos ainda deixando a desejar. O Senhor merece tudo. Será que estamos colocando todos nossos dons e talentos à disposição do Senhor? Será que estamos dando o máximo de nós mesmo para a comunhão e o serviço do Senhor? Será que estamos dispostos a sofrer o dano financeiro para dizermos ao Senhor o quanto Ele representa para nós?
Do versículo cinco em diante Jesus anuncia o julgamento de Deus em relação a postura que os judeus na sua maioria tomaram em relação a Ele. A sentença outorgada foi a destruição de Jerusalém. A partir daí inicia-se uma série de ensinamentos escatológicos que se realizariam no ano 70 A.D. quando Tito com seu exército arruinou Jerusalém. Estes ensinamento dizem respeito apenas a destruição de Jerusalém embora seja bem semelhante a destruição do mundo todo.
Os discípulos perguntam quando aconteceria esta destruição, pois não sabiam, e ainda que sinais poderiam lhes servir de alerta. Jesus então enumera:
1. Quando?
1.1. Quando aparecer enganadores apocalípticos (v. 8);
1.2. Quando acontecerem guerras internacionais (v. 10);
2. Que sinais?
2.2. Alterações nas estruturas geológicas (v. 11);
2.3. Perseguição aos cristãos (v. 12);
Diante deste juízo, o Senhor dá algumas orientações para que seus filhos não sofram. Os cristãos deveriam perseverar e jamais desistirem de sua fé e seu testemunho. Todos deveriam fugir quando vissem a ruína acontecendo. Que estivesse na cidade deveria sair, e quem estivesse fora não deveria entrar.
O Filho do Homem virá em seguida após o fim do tempo dos gentios, o tempo em que estes pisarão em Jerusalém. O Filho do Homem também virá para trazer juízo ou salvação, depende da postura que cada um tomou em relação a Jesus. O Mestre antecipa as dúvidas dos seus discípulos e pontua os sinais da Sua Volta (v. 25 - v. 26):
1. Acontecimentos extraordinários nos astros celestes;
2. Descontrole do mar e das ondas;
3. Abalo na saúde humana através da tensão;
4. A atmosfera não mais dará a devida proteção ao mundo.
Estas coisas acontecerão num curto período de tempo, pois uma geração verá todas estas coisas e ainda a vinda do Filho do Homem trazendo juízo aos moradores da terra.
Por fim Jesus aconselha, “orem a todo tempo”, para que possais escapar de todas estas coisas.
Comentário
v. 2: A oferta era algo comum na religião judaica, por isso os ricos e os pobres tinham a consciência da necessidade de ofertar. A viúva pobre ao dar duas moedas, ou seja, duas léptas, moeda de pequeno valor, deu mais dos que os ricos, pois dera tudo que tinha. Isto mostra que Deus não olha a oferta, mas o coração do ofertante. O valor da oferta de um cristão é o mesmo valor do que Deus representa para ele.
v. 5: O templo que Ageu ajudou a construir não tinha beleza alguma. Herodes o rei e seus sucessores tomaram a empreitada de reformar o templo. As pedras que não eram cobertas de ouro ou prata eram tão brancas que para Josefo parecia um monte de neve. Este belo templo seria destruído, pois Deus não habita em templos feitos por mãos humana. Deus habita no coração do homens puros. Emanuel.
v. 7: Diante da tragédia anunciada por Jesus os discípulos querem saber duas coisas: quando acontecerá isto e que sinais precederão tal catástrofe. Tudo isto se encontra no estudo acima.
v. 13: A perseguição é colocada por Jesus como algo favorável ao Reino, pois através dela o testemunho seria purificado e persuadiria muitos à fé. A história também confirma que apenas depois desta perseguição o Evangelho alcançou definitivamente os gentios, pois os cristãos acomodaram-se em Jerusalém.
v. 24: O tempo dos gentios é o período em que a cidade santa seria pisada pelos gentios e não pelo povo hebreu. Este período iniciou-se em 70 A.D. e encerrou-se em 1948 quando a ONU devolveu Jerusalém aos hebreus. Subsequente a este fato acontecerá a volta de Jesus, agora não como Salvador, mas como Juiz.
v. 29: A parábola da figueira é uma garantia que o tempo dos gentios chegaria ao seu fim, e que Israel, a figueira voltaria para o lugar onde foi plantada. É interessante notar a semelhança dos sinais da destruição de Jerusalém com os sinais da volta de Jesus. Tragédias humanas e naturais tomarão conta da humanidade levando-a ao caos.
v. 36: Jesus aconselha os cristãos a não se escandalizarem, nem desistirem da fé, antes vigiar em oração, para que através de suas perseveranças sejam salvos.
v. 37: Jesus costumava passar a noite no monte da Oliveiras. Por isso Judas sabia onde o Mestre estaria na noite da traição.
Pr. Thiago S. da Rocha
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