ELE NÃO É DEUS DOS MORTOS, MAS SIM DOS VIVOS

09/07/2012 14:47

Marcos Cap 12:27

Ora, ele não é Deus dos mortos, e sim dos vivos. Laborais em grande erro.

Devocional
    Nos últimos dias de Jesus, o Mestre fora submetido a vários debates contra os grupos religiosos dos judeus. Jesus já havia derrotado os fariseus e os herodianos na questão do imposto ou tributo, a batalha contra os escribas ainda estava por vir na questão do maior mandamento, agora é hora de enfrentar  os saduceus e a questão é ressurreição.
    O partido dos saduceus era formado por sacerdotes aristocratas, ricos e proeminentes na política, na época eram subordinados a Roma. Aceitavam apenas os escritos de Moisés e negavam a ressurreição e a os anjos.
    Jesus lhes responde que erram não conhecendo a Escrituras. Jesus não precisa sair dos escritos de Moisés para provar isso, ele vai a Êxodo 3.6 na chamada de Moisés e lembra do que o Senhor disse: Eu sou Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. A interpretação é fácil e desmorona a idéia de que não há ressurreição. Deus declara ser o Deus de Abraão, Isaque e Jacó. A pergunta então é: onde estavam eles no momento da chamada de Moisés. Vivos? Mortos? Eles não estavam mortos, pois Deus não é Deus dos mortos, mas também não estavam neste mundo terreno, pois já havia se passado 500 anos. Eles estavam em plena consciência vivendo no céu, na eternidade de Deus, e assim Deus declara ser Deus dos vivos e não dos mortos, comprovando pela Sua própria Palavra, que realmente saíra de sua boca, que com Ele não se morre, mas continua-se vivo na Sua Presença Eterna.
    Há vida após a morte. Lá os salvos serão como os anjos. Foi isso que Jesus ensinou.

Comentário
v. 1: Jesus conta uma parábola para demonstrar a sua autoridade sobre os homens, predizer mais uma vez sua morte e anunciar a destruição dos judeus. Nesta parábola o senhor da vinha arrendou-a a uns lavradores, o senhor é Deus e os lavradores é o povo de Israel, responsáveis pela revelação especial.
 

v. 2: A partir da colheita o senhor da vinha enviou servos para receber de seu fruto, estes servos são os profetas do AT.
 

v. 3: Alguns servos eram espancados, como Jeremias, e outros mortos, como Isaías.
 

v. 6: Por fim sobrou apenas seu filho, era Jesus, o enviou, quem sabe o respeitarão por ser o filho do Senhor, mas não, o mataram pensando que assim receberiam a herança.
 

v. 9: O senhor da vinha vai exterminar os lavradores e arrendar a vinha a outros. No ano 70 AD, o Imperador Tito invadiu Jerusalém aniquilando o povo de Israel. Os sobreviventes tiveram que fugir para outro país. O reino de Deus agora está com os cristãos, eles são agora o povo do Deus.
 

v. 13: Ao invés de se arrependerem, os judeus a partir daí intensificam os ataques a Jesus. Os fariseus e os herodianos (partido de Herodes Antipas, rei da Galileia) se unem para arruinarem-no. Eles nunca se uniam, mas agora o fazem para destruir o Messias.
 

v. 14: A tentativa é desmoralizar Jesus na questão do tributo. Os fariseus não concordavam com o tributo por ser muito caro e imoral, pois como pode o povo da terra pagar tributo da própria terra. É como se eu pagasse aluguel da minha própria casa. Já os herodianos aceitavam as deliberação de Herodes por entendem que era uma autoridade constituída por Deus. Eles perguntam a Jesus: é correto pagar o tributo a César? Ou seja a Roma. Se Jesus respondesse que não os Herodianos iriam o dedurar ao Império e este viria para por fim a vida de Jesus. Jesus seria acusado de rebeldia. Se Jesus dissesse que não, o povo o teria como traidor. Na verdade estava chegando a hora de sua morte, mas ele não poderia morrer como um rebelde e nem como um traidor, ele tinha que morrer como um cordeiro, sem culpa.
 

v. 16: Jesus mostra que a moeda do imposto tinha a figura de Cesar. Se tinha sua figura é porque era dele. Mas no outro lado tinha uma descrição. Para alguns dizia: Cesár Augusto filho do divino Augusto. Para outros dizia: Tibério Cesar Deus. Não faz muita diferença, porque a frase ensinava que o imperador, seja lá quem fosse, era deus. A moeda expressava o desejo de alguns homens de serem deuses, mas estava na mão de Deus que se tornou homem.
 

v. 17: Jesus responde com sabedoria e frieza: Daí a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. Jesus respondeu sim e não ao mesmo tempo e todos ficaram maravilhados com sua sabedoria.
 

v. 18: O ataque não cessou. Agora vieram os saduceus. O partido dos saduceus era formado por sacerdotes aristocratas, ricos e proeminentes na política, na época eram subordinados a Roma. Aceitavam apenas os escritos de Moisés e negavam a ressurreição e a os anjos.
 

v. 23: A questão é: se vai haver ressurreição, quem ficará casado com quem se alguma pessoa teve mais de um casamento válido aqui na terra. Eles baseavam na lei de Moisés que dizia: se o marido morrer sem deixar descendente, a mulher deve casar com o irmão do seu marido, e a lei do levirato (Deut 25.5).
 

v. 24: Jesus responde que o erro deles consiste na falta de conhecimento bíblico e do poder de Deus.
 

v. 25: Jesus declara que no céu serão os salvos como os anjos, ou seja, seres que não tem distinção de sexo.
 

v. 26: Aqui Jesus usa os textos de Moisés para mostrar que há ressurreição. Que após a morte a vida não pára. Jesus vai a Êxodo 3.6 na chamada de Moisés e lembra do que o Senhor disse: Eu sou Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. A interpretação é fácil e desmorona a idéia de que não há ressurreição. Deus declara ser o Deus de Abraão, Isaque e Jacó. A pergunta então é: onde estavam eles no momento da chamada de Moisés. Vivos? Mortos? Eles não estavam mortos, pois Deus não é Deus dos mortos, mas também não estavam neste mundo terreno, pois já havia se passado 500 anos. Eles estavam em plena consciência vivendo no céu, na eternidade de Deus, e assim Deus declara ser Deus dos vivos e não dos mortos, comprovando pela Sua própria Palavra, que realmente saíra de sua boca, que com Ele não se morre, mas continua-se vivo na Sua Presença Eterna.
 

v. 28: A batalha ainda não terminou. Agora é a vez dos escribas armarem para Jesus. Os escribas eram criadores e transmissores da interpretação tradicional dos mandamentos. Eles reconheciam 613 mandamentos, mas havia muita divergência sobre mandamentos pesados e leves. Eles perguntam a Jesus qual o maior mandamento.
 

v. 30: Jesus não arredou, mas encarou dando a verdadeira resposta: Amar a Deus. Este é o primeiro mandamento. O segundo é semelhante a este: Amar ao próximo, mas não de qualquer forma, “como a ti mesmo”. Isso é renuncia. Amar o outro como amo a mim.
 

v. 33: Amar de: todo o coração (sede dos sentimentos e emoções), toda a tua alma (vitalidade e tempo integrais), todo teu entendimento (inteligência), toda a tua força (vontade e esforço). É assim que devemos amar.
 

v. 34: O escriba concordou com Jesus. O Salvador então declarou que este não estava longe do reino de Deus, mas perto, perto de se
converter, perto de ser salvo.
 

v. 36: Depois de vencer os fariseus, os herodianos, os saduceus  e os escribas Jesus volta a ensinar. O Mestre reconhece a autoridade  do que Davi escreveu sendo usado pelo ES. Mostra que se Davi chamou-lhe de Senhor como pode ser o Senhor filho de Davi. O que acontece aqui é um jogo de palavras como parte da literatura salmídica. Disse “Yahweh” (Senhor) a “Adonai (Meu Senhor)”.
 

v. 38: Jesus censura os escribas pela sua hipocrisia. Faziam coisas para receber a honra dos homens. Faziam de “bonzinhos” quando na verdade eram “malzinhos”.
 

v. 41: Mostrou ainda que na verdade a maior contribuição, seja qual for a modalidade, é aquele feita de coração. Muitas ofertavam grandes quantias, mas a oferta que mais agradou vou a da viúva que dera tudo que tinha.


Pr. Thiago S. da Rocha

 

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