O AMOR FALA A VERDADE

16/07/2012 20:02

Marcos 10:21

E Jesus, fitando-o, o amou e disse: Só uma coisa te falta: Vai, vende tudo o que tens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu, então, vem e segue-me.

 

 

Devocional

 

    A riqueza era para os judeus um sinal da benção de Deus. Logo, todo rico era alguém abençoado e que facilmente seria salvo, porque quem Deus prospera salva.

    Errado! Jesus vem ensinar que as riquezas podem se tornar grandes obstáculos para se fazer a vontade de Deus. Jesus mostra a impossibilidade do homem se salvar por si mesmo dependendo exclusivamente da graça de Deus.

    Ao ver o jovem rico que queria se salvar Jesus o amou. O amor não nos faz ficar calados. O amor não nos torna indiferentes. O amor não busca a paz de alguém a qualquer preço. O amor diz a verdade, pois o amor sabe que é a verdade que liberta e a liberdade traz paz. Jesus poderia deixar o jovem no seu pensamento positivista, mas por amá-lo fala a verdade: Só uma coisa te falta: Vai, vende tudo o que tens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu, então, vem e segue-me.

    Assim como Jesus amava, precisamos amar também. Assim como Jesus falava a verdade precisamos dizer a mesma coisa, pois quem ama fala a verdade.

 

Comentário

v. 1: Do capítulo 1 ao 9 Marcos narra o ministério de Jesus na Galiléia. Do capítulo 10 ao 15 passasse a missão de Jesus na Judéia. Era costume de Jesus ensinar.

 

v. 2: Os fariseus experimentam Jesus para reprová-lo na questão polêmica do divórcio.

 

v. 3: Jesus responde a pergunta com outra pergunta.

 

v. 4: Os fariseus respondem que sim, pois Moisés permitiu divorciar.

 

v. 5: Jesus explica a correta interpretação de Deuteronomio 24.1, que diz que o divórcio é permissão de Deus, mas não sua vontade absoluta. Para o exegeta Russell Shedd, o divórcio só é possível se for este o mal menor.

 

v. 14: Foram trazidas a Jesus algumas criancinhas. Os discípulos as impedia, mas Jesus lhes repreendeu. Às vezes agimos como os discípulos impedindo as pessoas de irem até Jesus. Fazemos isto através de mau testemunho, preconceitos ou egoísmo.

 

v. 17: Um jovem rico, ajoelha-se diante de Jesus e pede orientação para ter a vida eterna. Ele quer saber o que precisa fazer. Na verdade não somos salvos pelo que fazemos, mas pelo que Cristo fez. Não somos salvos pelas obras, estas foram criadas para que andássemos nelas (Ef 2.8-10), mas somos salvos pela graça, e a recebemos através da fé.

 

v. 22: O jovem que chegou alegre saiu triste, pois não quis receber Jesus. Ninguém vira as costas para Jesus e fica alegre.

 

v. 25: Jesus passa alertar do perigo das riquezas. Estas podem sufocar a fé. A explicação da agulha deve ser realmente agulha de costura e não a pequena porta que existe nos muros da cidade de Jerusalém que permite apenas a passagem de um homem. Já o camelo pode ser uma espécie de linha grossa que dificulta a passagem pela agulha. Mas pode ser também o animal. A idéia do texto é de dificuldade e não facilidade.

 

v. 33: Jesus prepara seus discípulo para sua perda. O Filho do Homem será entregue aos gentios que é o governo romano personificado por Pilatos e seus soldados.

 

v. 35: Tiago e João fazem um pedido a Jesus. Querem se sentar a ao lado de Jesus no seu reino. O pedido foi bom. É bom ter ambição. O que não é bom é ter orgulho e pisar nos outros. Mas só o Pai poderia dar-lhes tal pedido. Voltamos à oração que Jesus ensinou. Toda oração deve ser feita ao Pai.

 

v. 41: Os discípulos ao ouvirem isto ficaram com ciúmes. Jesus então começa a ensinar. Quem quiser ser o maior sirva e seja servo. No grego estas palavras tem significados diferentes. “Sirva” é um serviço voluntário. Já “servo” um serviço obrigatório. Não é contradição, mas o discípulo tem a obrigação de servir voluntariamente.

 

v. 45: É o verso central deste livro. Jesus deu exemplo de servir.

 

v. 47: Depois disto, certo Bartimeu, filho de Timeu, clamou a Jesus para que o curasse. Jesus simplesmente apenas lhe despediu e ficou curado passando a seguir a Jesus. Segundo a tradição cristã, Bartimeu se tornou alguém conhecido da igreja primitiva.

 

 

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