O DIVÓRCIO

Mateus 19:3

    Vieram a ele alguns fariseus e o experimentavam perguntando: é lícito ao marido repudiar a sua mulher por qualquer motivo?

    A resposta de Jesus foi “não”. Não é por qualquer motivo que o casal deve se separar. Mas vamos ver esta questão pelas palavras e o que está por detrás das palavras:

    Os fariseus eram os opositores do ministério de Jesus. Ao perguntarem sobre o divórcio, não queriam saber a resposta de Jesus, queriam sua condenação, pois se respondesse sim ou não, iria arrumar mais opositores para sua mensagem.

    A cultura judaica era machista. Logo, não prescrevia lei para defesa da mulher. Haviam 2 escolas que se dividiam em relação a questão do divórcio: a escola do sumo-sacerdote Hillel e a de outro sumo-sacerdote Shamai. Para Hillel o marido poderia repudiar sua mulher por qualquer motivo, mas para Shamai, apenas se a mulher o traísse. A pergunta então era uma armadilha para Jesus, mas graças a sua sabedoria, Jesus saiu muito bem desta.

    Jesus trouxe o casamento para o âmbito de Deus. Qual era a vontade de Deus para sua criação? Que homem e mulher fossem um e não se separassem.

    Logo, a resposta de Jesus foi não. Não é por qualquer motivo que o homem pode abandonar sua mulher, mas Jesus também não descarta a possibilidade de divórcio. Pela condição humana Jesus permite o divórcio para que possam viver bem, pois se um casal vivem extremamente mal, não é recomendável que continuem juntos. Permitir que só será um divórcio legal se houver adultério é maldade.

    Em relação ao que Deus uniu fica uma dúvida: Deus uniu o homem e a mulher ou Deus união o Adão e a Eva. Seja qual for a resposta não interfere na questão do divórcio.

    Os discípulos ficam assustados, pois foram criados na cultura judaica que dignificava o homem a qualquer preço e menosprezava a mulher. Parece que Jesus caiu na armadilha dos fariseus. Não. Jesus ainda ensina que certas pessoas não podem ficar sozinhas, mas precisam de um parceiro sexual. Sozinho deve ficar apenas quem recebe o dom do celibato.

    A questão de quem casar com a repudiada comete adultério não devemos discutir, pois não faz parte dos manuscritos originais.

    Mas não esqueçamos, o divórcio não é porta de saída, mas de emergência. Nunca traz felicidade. Devemos então procurar com todas nossas forças evitá-lo.


Pr. Thiago S. da Rocha